quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Por que somos sombras?

Olá.
Pensando essa manhã, resolvi voltar a postar aqui.
Estou lutando para tomar uma decisão em minha vida.
Fiz uma entrevista em uma boa empresa semana passada e me ligaram para acertar o salário. Quando fui fazer a entrevista, mesmo sabendo que haveriam mais algumas pessoas a serem entrevistadas, eu tinha total segurança da contratação. Não é presunção, mas enquanto fazia a entrevista, senti que o empregador, no caso, a entrevistadora houvera gostado muito da forma com que a conversa desenrolou.
Fazer uma entrevista de emprego não é segredo para mim. Basta saber os pontos em que há carência no mercado a ser explorado e conversar da maneira apropriada. Olhar nos olhos é fundamental para transmitir segurança ao empregador.
Para muitos é difícil, mas para alguns isso é muito natural. Mas o que vem ao caso no momento é o seguinte: pegar um emprego, trabalhar formalmente é fácil. Não requer muito esforço de nossa parte.
Ser comandado é muito seguro. As coisas já estão ali, prontas, basta seguirmos as regras. É um círculo vicioso, em muitos casos necessário, mas em muitos é extremamente prejudicial para o ser humano e consequentemente para as pessoas que o cercam.
Dentro de mim eu sei que, se aceitar essa proposta, não estarei fazendo a coisa 100% certa, mesmo que ela não seja errada. Pode ser até uma atitude digna, mas não é aquilo que deve ser feito.
Podemos resolver muitos sintomas com remédios, mas o problema em si, muitas vezes seria resolvido se tratássemos a raiz de muitos males.
Teríamos muito menos câncer de pulmão se tivéssemos menos fumantes; teríamos menos acidentes de carro, consequentemente menos pessoas nos hospitais, se tivéssemos menos bêbados ao volante; teríamos menos gravidez indesejada, aids, abortos, se tivesse menos prostituição gratuita na televisão; teríamos menos violência arbitrária nos campos de futebol, se houvesse mais educação da parte dos torcedore, consciência da parte dos diretores de clubes e, numa atitude mais radical, até mesmo o cancelamento de campeonatos em virtude do bem estar da sociedade, mas, o dinheiro fala muito alto, algumas mortes e braços quebrados não interessam para quem ganha com o futebol e a rivalidade entre os times. teríamos menos mortes, assassinatos, estupros, acidentes nas estradas, proliferação de DSTs e diminuiria absurdamente o número de fatalidades se houvesse alguém com coragem suficiente para falar que a suposta "alegria" que o carnaval traz, não compensa o monte de infelicidade que causa. Só sabe quem sofre de alguma forma por isso.
Bom, muito discurso simplesmente para dizer que é mais cômodo trabalhar e receber ordens, do que tomar a iniciativa de fazer algo que se sonha.
É muito mais fácil viver o sonho de outra pessoa, do que concretizar os próprios sonhos.
É mais fácil ser a sombra.